Fungo Míldio | Pragas da Canábis
O míldio é um dos muitos fungos que podem atacar a canábis, este fungo é uma doença criptogâmica que afeta as plantas. Pode afetar todos os tipos de vegetação e manifesta-se nas folhas. Desta forma, ficam com uma cor amarelada – e em alguns casos castanha – que substitui o seu verde característico. Também pode causar o aparecimento de penugem acinzentada na parte inferior das folhas. Isto pode causar a queda das folhas da planta. Os caules e, nos piores casos, os frutos também se podem ver afetados.
Imagem retirada de Flickr
O culpado é um grupo de pseudofungos – parecem-se a fungos mas não estão relacionados com eles – estreitamente ligados ao ambiente aquoso, conhecido como oomycetes. Entre eles, as Peronosporaceae são as que mais afetam a canábis. Este grupo inclui até 7 géneros diferentes e cerca de 600 espécies. Além da canábis, estes parasitas estão presentes nas vinhas, tabaco, produtos hortícolas, etc.
Este grupo inclui o fungo que vamos analisar hoje, o fungo do míldio. Este fungo teve origem em vinhas americanas, onde as plantas eram geneticamente resistentes a este patogénico. No século XIX, a Inglaterra e a França introduziram este endoparasita através da importação de vinhas e conseguiram limpar os campos de vinho europeus em menos de 30 anos. De facto, só em 1878 é que os franceses – cansados de ver as suas colheitas falharem – foram capazes de o impedir. Conscientes da força das vinhas americanas, decidiram importar os caules das videiras em que enxertaram as suas próprias videiras.
Como se reproduz no cultivo da canábis?
Os fatores que mais determinam o aparecimento de fungos de míldio na canábis são climáticos e higiénicos. Ao manter a nossa cultura de canábis livre de deposições, que são geradas por animais, e de folhas secas, que são geradas por plantas, assegurar-nos-emos de que não aparece. No entanto, este não é o único fator, uma vez que as áreas mal ventiladas também podem ser afetadas por esta doença.
A humidade é outro fator desencadeante. Assim, o fungo não se manifestará durante o inverno. Pelo contrário, fá-lo-á quando as temperaturas variam entre 10ºC e 35ºC. É por isso que a primavera é a sua estação favorita, uma época em que devemos analisar a cor das nossas folhas para nos certificarmos de que não há problemas imprevistos.
Qualquer cultura que não esteja devidamente limpa é suscetível a este fungo. Só precisa de um pouco de água para desencadear o seu efeito, pois permanecerá escondido durante o inverno. Como é que o faz? Sobrevive criando uma estrutura germinal, que aparecerá assim que as temperaturas subirem até cerca de 12°C. No entanto, permanecerá neste estado quando as temperaturas estão por baixo de 10ºC e acima de 35ºC.
Efeitos visíveis
A primeira coisa que irá notar é o amarelecimento das folhas, embora também possa afetar os caules. Aqui, o fungo manifesta-se sob a forma de uma mancha castanha, que pode até murchar, zona onde se deposita e, no pior dos casos, matar a planta. Este tipo de fungo reduz a capacidade produtiva e a qualidade da cultura. De modo a evitar que isto aconteça, é aconselhável estar ciente do seguinte:
- Manchas esbranquiçadas e amareladas, que em alguns casos podem ser translúcidas, presentes no lado superior das folhas.
- Pó branco distribuído ao longo da parte inferior da folha. Ocorre normalmente quando a humidade é elevada.
- Caída prematura das folhas.
- Caules com pigmentação castanha, raros numa planta saudável.
Como prevenir o aparecimento?
Como dissemos anteriormente, os restos vegetais e animais – ou os do próprio agricultor – são os culpados pelo aparecimento deste fungo. Assim, o primeiro conselho é manter a colheita impecável. A humidade é o seu ambiente natural, pelo que uma rega excessiva da planta pode encorajar o seu aparecimento. Da mesma forma, um excesso de produtos, tais como fertilizantes, também pode promover o seu surgimento.
Para evitar a humidade e obter uma temperatura adequada, é importante ventilar a área de cultivo. Uma ventoinha e um extrator vão manter o ar limpo. Por outro lado, a poda frequente nunca deve ser uma má ideia, pois isso evitará ter demasiadas folhas que poderiam ser suscetíveis à infeção.
Como tratar a canábis com MildiuProt?
Se, por qualquer razão, não conseguimos impedir o aparecimento desta doença, podemos sempre agir rapidamente para parar o seu poder devastador. Não devemos esquecer que pode causar a morte da nossa cultura.
A limpeza de toda a cultura é a melhor maneira de começar a combater o fungo do míldio na canábis. Além de aplicar os antipragas necessários para restaurar a saúde das plantas. Um dos nossos melhores aliados será o MildiuProt-Plus, um dos mais poderosos fungicidas para a canábis que atua sobre fungos oomycete tais como o míldio. É aconselhável utilizá-lo no primeiro dia após a chuva ou fatores que possam desencadear o aparecimento do organismo patogénico, tais como a elevada humidade.
É importante utilizá-lo por aplicação foliar, com doses de 2 a 3 ml por litro a cada 10-15 dias, dependendo do estado da cultura. Também pode ser utilizado através da rega, com uma dosagem que varia de 2 a 5 ml de produto por litro em cada vaso. Uma quantidade menor – 2 ou 2,5 ml por litro – é ideal para culturas em fase de germinação ou crescimento.
Se estiver interessado em proteger a sua cultura de possíveis efeitos endógenos indesejados, recomendamos que leia os nossos artigos sobre os diferentes fungos que podemos encontrar na nossa canábis. Alguns exemplos são a Botrytis ou podridão cinzenta, o oídio ou Fusarium. Nestes links encontrará toda a informação de que necessita para estar informado e preveni-los.
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