Skunk, 40 anos de lenda O Que a torna tão especial?
A canábis Skunk é a primeira marijuana híbrida de variedades sativa e índica (75% e 25%, respectivamente). Originalmente foi criada com variedades puras de Índica Afegã (25%) e Columbian Gold (59%) mas depois foi agregada à genética da Acapulco Gold (25%).
Hoje em dia, depois de várias décadas de estabilização, a Skunk é considerada pura e é ideal para fazer cruzamentos com outras variedades já que tem uma genética poderosa. Tem as melhores qualidades das índicas e das sativas. Das primeiras nota-se bem o seu rendimento e o seu período de floração curto que não supera os 2 meses, enquanto que a ascendência Sativa é evidente no seu aroma, sabor e efeito característicos.
Dá também umas cabeças grandes e compactas, com muita resina e poucas folhas que facilita a sua limpeza. É interessante ver que a Skunk, apesar de se caracterizar pela sua grande cabeça central, desenvolve muito bem os seus ramos laterais, com abundantes gomos de cor verde lima ou dourado. Pelas suas propriedades e considerando a facilidade do seu cultivo, é uma marijuana ideal tanto para profissionais como para aqueles que se iniciam no tema, o que a torna numa variedade mais cultivada do mundo.
Quem a inventou?
A história da marijuana Skunk, a marijuana mais famosa do mundo, está cheia de mistérios e aventuras. Considerando a ilegalidade da marijuana não há muita documentação ou testemunhos sobre os cultivos e experiências que se fizeram e até ao dia de hoje não sabemos concretamente como surgiu. As principais versões têm alguns pontos em comum, mas já há uma lenda sobre o seu nascimento.
Se bem que Sam the Skunkman, que está no centro da lenda, nega a existência de um grupo por detrás da Skunk #1 e assegura que foi uma variedade que ele mesmo apenas, inventou, há outra teoria que assegura que foi um projeto colectivo. Ambas são concordantes com a genética.
A outra hipótese diz que nos finais dos anos 60 havia no norte da Califórnia (em Bay Are, no condado de Humgbolt) um grupo de cultivadores peritos de marijuana conhecidos como Sacred Seeds, cujo chefe e responsável pela produção de sementes era Sam The Skunkman. Por ali havia um tal Jingles, quem teria cruzado a Índica Afegã com a Columbian Gold obtendo uma variedade bastante instável. Manteve-a muito anos em privado até que passado algum tempo começou a ser conhecida em Bay Area.
E foi assim que o pequeno grupo de pessoas conhecido como Sacred Seeds descobriu a Skunk e começaram como um projeto colectivo o desenvolvimento e a procura da estabilidade nesta nova variedade. O grupo começou a crescer pouco a pouco, mas ser um membro não estava ao alcance de qualquer um. Era preciso a recomendação de alguém do círculo íntimo para além de ser obrigatório trabalharem todos na Skunk.
Ao incluir na genética desta planta uma variedade híbrida, a Acapulco Gold, conseguiram não só estabilizar a genética da Skunk como melhorar notavelmente o ratio de flores/folhas.
Entre centenas de plantas, escolheram as melhores fêmeas utilizando métodos científicos. Por exemplo, mediante uma análise de gases comprovou-se que tinham uma percentagem de THC de cerca de 15%. Fez-se também um processo complexo para selecionar os melhores machos.
Aparentemente nesses anos houve um grande surto de botritis, a qual é uma doença típica das uvas. O fungo cinza acabou com muitas plantas e a partir disso começaram a testar diversas variedades afegãs para conseguirem uma maior resistência. Depois de numerosos testes de stress com várias prafas e doenças das plantas foram selecionados os exemplares mais resistentes. Esta nova variedade foi chamada de Skunk #18.2.
Por volta do ano 77 ou 78 saíram para venda as sementes de Skunk #1. Dizem que foi curioso porque no geral, o pessoal da Sacred Seeds fazia descontos aos clientes que compravam sementes em abundantemente, mas este desconto não foi aplicado à Skunk #1 apesar das queixas dos consumidores. Ainda assim, as sementes esgotavam todos os anos.
Seguindo com a lenda, em 1982 produziu-se um feito que determinaria a expansão mundial da Skunk #1. A polícia encontrou um armazém da Sacred Seeds e fizeram uma incursão onde detiveram Sam The Skunkman e fecharam o armazém. Mas os da Sacred Seeds estavam preparados e devido à rapidez dos membros do Sam, este ficou livre passado poucas horas. A falta de jeito da polícia seria determinante para o que se seguiria.
O armazém estava fechado com fitas policiais mas não havia mais medidas de segurança do que isso. Sam voltou lá e deu uma olhadela aos contentores de lixo. Ficou surpreendido ao encontrar plantas inteiras e abundância de sementes, para além de todo o equipamento de cultivo que a polícia deitara fora naquele local, aparentemente com a ideia de voltar no dia seguinte para catalogar todo o material confiscado.
Sam chamou alguns dos seus colegas que ajudaram rapidamente e entre todos desmantelaram o local e levaram absolutamente tudo o que servia. Não apenas levaram as provas para a polícia como venderam também as lâmpadas para cobrir os gastos legais. Mas o mais importante foi que conseguiram recuperar e fazer reviver as plantas.
The Skunkman foi para a cadeia, mas a falta de grande parte das provas fez com que estivesse menos de um ano preso. Quando saiu da prisão foi para a Holanda, levando consigo uma grande quantidade de sementes. Foi assim que o primeiro híbrido estável de marijuana chegou à Holanda. Segundo Sam, era o produto de pelo menos 10 anos de trabalho.
A Skunk na Europa
Em Amesterdão, The Skunkman comercializou-as com a sua empresa, a qual chamou de Cultivators Choice Seeds company e diz-se também recebeu outro pacote de sementes da Skunk #1 da Sacred Seeds. Foram as duas únicas importações da Skunk #1.
As sementes que Sam levou para a Holanda foram as primeiras que garantiram a homogeneidade e estabilidade, o que lhe deu grande protagonismo principalmente nos anos 80 e 90. De resto, em 1988 teve lugar a primeira High Times Cannabis Cup, na qual a Skunk #1 foi a vencedora indiscutível relativamente ao seu aroma, sabor, efeito sativo e rendimento.
Quando fechou a empresa, Neville Shoenmakers comprou quase todo o stock de sementes restante e comercializou-as com a sua empresa, The Seed Bank, que depois passou a ser Sensi Seeds Bank. Tanto The Skunkman como Neville trabalharam a partir destas sementes, mas cada um utilizou os seus próprios machos. Em ambos os casos o odor é muito doce com reminiscências frutadas, mas há diferenças notáveis entre as principais variedades da Skunk #1.
Chegou mesmo a começar-se a debater sobre qual era a verdadeira Skunk. Se a Sweet Skunk, de Sam, que é uma sativa de agradável cheiro e efeito, ou se pelo contrário era a que tinha Neville com Mr. Nice, a Roadkill Skunk, que tem uma maior presença de Índica Aefgã e cujo efeito é relaxante, "couchlock"; ou seja, é mais apropriada para dormir ou alapar-se no sofá. Esta variedade tem um rendimento ligeiramente mais alto do que a Sweet Skunk.
Segundo Sam, as primeiras Skunks #1 de 76 eram bem mais Roadkill Skunk, se bem que nas versões seguintes procurou-se refiná-la, adocicá-la e conseguir um efeito mais agradável, para que depois de a fumar não se ficasse destruído ou semi moribundo. Também diz que também se obteve establidade, a cada ano usavam-se novas fêmeas e novos machos, sendo que a genética é ligeiramente diferente dependendo do ano da colheita.
A Skunk na actualidade
Sam disse não ter vendido Skunks #1 nos últimos 10 anos, assegurando que o que se vende hoje com esse nome corresponde com a sua variedade. São mais novas espécies elaboradas a partir das originais. Das sementes disponíveis agora, a versão mais doce da Skunk #1 chama-se The Pure e quem a vende é a The Flying Dutchmen seed company, se bem que Mr. Nice comercializa a versão mais afegã, a Shit.
Alguns dados se quiseres cultivar Skunk
Hoje em dia podemos encontrar a genética desta planta na maioria das variedades (acima dos 70%), sendo que é considerada a mãe de todas as marijuanas. Recebeu este nome que em inglês significa jaritataca ou guaxinim, devido ao seu potente cheiro, que pode facilmente ser confundido com o cheiro destes animais.
Por este motivo, há muita gente que não a cultiva pois seria fácil para os vizinhos detectarem o aroma, a menos que o cultivo seja feito no interior e com uns filtros de carbono muito potentes. Também a partir do cheiro, as pessoas tendem a confundi-lo frequentemente e chama Skunk a qualquer marijuana com um potente cheiro.
Pelas suss características, a Skunk prefere um clima quente. No exterior dá-se bem em Itália, Espanha ou na zona da Califórnia, de onde é originária. Também cresce em climas mais frios, se bem que com um menor rendimento. Faz-se normalmente a recolha na primeira semana de Outubro.
O cultivo da Skunk no interior é um pouco mais complicado do que no exterior devido ao seu grande tamanho, mas há cruzamentos com afegãs que são mais adequados para armários. A Skunk no interior pode dar umas 70 gramas (se usares uma lâmpada de 600 watts), mas no exterior e em condições ótimas o rendimento pode aumentar até às 100 gramas por planta.
Na nossa loja temos muitas variedades de Skunk, quase todas as que existem no mercado, podes aceder pulsando em sementes Skunk.