Shantibaba, o Gurú da Genética Canábica Moderna
O mundo da genética canábica foi-se professionalizando com os anos graças ao sabor de muitas pessoas. Scott Blackey, mais conhecido como Santibaba, é um deles.
O Científico Fumado
Scott Blackey, australiano, teve sempre um carácter inquieto e curioso, e desde pequeno que a ciência já o encantava. Provou também desde pequeno as primeiras fumaradas de charro, e riu-se tanto que se interessou profundamente pela planta. Quando começou a trabalhar num viveiro viu as sua habilidades que tinha em jardinagem e o seu gosto pela moca foi o que o levou a decidir especializar-se em Canábis. Começou depois a ler e viajar muito, conheceu pessoas e culturas, aprendeu a fazer charas e foi fazendo a sua colecção pessoal de sementes. Gostava tanto da natureza e dos números que estudou Ciências na Universidade e continuou com masters nas áreas da biologia e psicologia. Filho de um doutor em matemática, tinha mais preferência pela genética que é onde os números para ele mais se encaixavam. No ano de 1980, com o seu pai, criou o primero cultivo de interior com lâmpadas numa garagem e a partir daí intensificou o seu interesse pela experimentação noutras variedades diferentes. Influenciou também o facto de na Austrália haver uma tradição de cultivo de marijuana, sobretudo na zona de Byron Bay, e já nessa época não era difícil conseguir variedades do sudeste asiático ou de países como a Índia e o Paquistão. Ele explica em larga escala como é pessoas como o Scott ou Neville Schoenmakers perceberam tanto de cultivo de marijuana.
A chegada de Shantibaba ao Velho Mundo
Tinha viajado desde criança várias vezes à Europa com os seus pais, e apesar de ter vivido muitos anos na Índia, Tailândia e Indonésia, tinha curiosidade em testar a sorte no velho continente. Como já conhecia a cidade dos coffee shops e tinha feito muitos amigos holandeses nas suas viagens, decidiu trocar a Ásia com Amesterdão. Para além disso apaixonou-se por uma colaboradora da The Greenhouse, quem a apresentou a várias pessoas dos coffe shops locais. Pelos anos 90 começou a vender-lhes hash chegou a ganhar um prémio com uma variedade de Pavarti.
Foi assim que pouco a pouco Shantibaba (que significa "pessoa pacífica") instalou-se em Amesterdão e mountou alguns grows. Vendia as suas variedades através de Arjan, que tinha vários coffee shops, e começou depois a distribuir as suas próprias sementes também. Em 94 associou-se a Arjan para abrir a The Grenhouse Seed Company e começou a trabalhar com Neville. Por essa altura conheceu também o lendário Howard Marks, que tinha acabado de sair da prisão e com quem está a escrever um livro.
O auge do sucesso
O ano de 98 foi um ano de sucesso quiebre. Ele e Neville apresentaram-se juntos à High Times Cannabis e ganharam os primeiros e segundos prémios de todas as categorias. Destacaram especialmente as Super Silver Haze e Mango Haze. Conseguiu também outros prémios com a sua Shatibaba's Hash.
Um Novo Rumo
Shantibaba recebeu também em 98 uma oferta muito boa a partir da Suiça para desenvolver cultivos de marijuana para usos cosméticos e medicinais. Para além disso, houve uma alteração na legislação holandesa que proibia a produção de sementes. Fez com que Scott se separasse de Arjan, vendeu a sua parte da Greenhouse Seeds e instalou-se no país vizinho.
Dedicou-se ali a produzir sementes para outras empresas e começou com a Gene Bank Tecnology em Ticino. Apesar da empresa ser legal, em 2003 a polícia montou uma operação "Indoor", na qual prendeream Shantibaba e muitas outras pessoas, apoderaram-se de todos os bens da GBT e levantaram suspeitas por tráfico de drogas. Como consequência, Shanto passou 2 anos na cadeia. Tinha felizmente back ups de todas as suas plantas em 5 países diferentes sendo que não se perdeu nenhuma variedade.
Também em 98 e na Suiça, fundou a Mr. Nice Seedbank (MNS) juntamente com Howard Marks, com 40 plantas-mãe e pais que tanto ele como Neville falam ter aperfeiçoado ao longo dos anos. Entre Shantibaba, Neville e Howard empreenderam num projecto que permitisse aos cultivadores de todo o mundo ter acesso às melhores variedades canábicas.
Até ao dia de hoje o modelo de negócio da Mr. Nice está focado nos produtores espcializados que não procuram apenas ter uma planta que dê cabeças mas também que tenha uma genética particular. De facto, grande parte de quem compra as sementes de MNS querem machos de boa genética para poder fazer os seus próprios cultivos e cruzamentos. Shantibaba em pessoa gere o fórum online da MSN que está focado para cultivadores de todos os níveis para que possam ter ajuda em busca de informação ou acessorização.
Algumas Criações de Shantibaba
Na sua etapa como cultivador na Austrália, Shanti trabalhou com várias variedades, mas particularmente com a sua Mallumbimby madness, algumas variedades afegãs e um par de sativas seleccionadas. Por volta de 95 especializou-se nas gamas das whites, das quais sairam alguma variedades deliciosas como a white Shark, White Widow ou White Rhino.
Graças ao seus anos de trabalho juntamente com Neville Schoenmakers, Shantibaba conseguiu ter um enorme catálogo de plantas macho e fêmea puras, como a mítica Skunk ou a famosa Haze, para além de desenvolver algumas variedades que ficariam na história. As principais são a Northern Lights #5, a Widow, a Critical Mass ou a Afghan/ Skunk. Todas elas foram obtidas graças a anos de trabalho feito por muitas pessoas. A vantagem de terem trabalhado em equipa juntamente com o Rei da Canábis foi poderem ter um trabalho em conjunto que não os impediu de fazerem as suas eleições pessoais no momento de escolher os sabores, aromas e estéticas que acharem melhor.
O grande problema com estas variedades é que o nome comercial resgistado não está ligado a nenhuma variedade específica. Ao considerar a marijuana como sendo uma droga, não se fizrem catálogos genéticos legais que indiquem que um nome de uma variedade corresponde a um perfil genético determinado. Logo, quando Shantibaba se separou de Arjan e levou as suas plantas, os nomes comerciais permaneceram como propriedade da Greenhouse Seeds mas ele ficou com a genética. Em consequência disso, a MNS tive que rebaptizar várias variedades para diferenciar as suas sementes.
Os seus projectos de cultivo actuais giram em redor da Neville's Skunk, a Ash, algumas novas Sativas com a qual tem estado a exprimentá-la incluindo a série Rock n' Roll.
A Revolução das Sementes Feminizadas
Memo sendo o último grito da moda, Shantibaba nunca se interessou demasiado pelos produtos que inundam o mercado actual, como as sementes feminizadas ou as sementes autoflorescentes, já que não fornecem nenhuma melhoria genética interessante excepto para os cultivadores principiantes, se bem que reconhece que estes lhe dão soluções para problemas relativamente aos ciclos de luz ou selecção de exemplares. De qualquer modo recomenda sempre a utilização de genéticas regulares. Apesar destes novos mercados crescerem mais do que a venda de sementes normais, será sempre necessário alguém que garanta uma boa genética, que selecione os melhores exemplares de cada variedade e que trabalhe com novos cruzamentos. É a isso que dedica a MNS.
Cultiva a tua Própia Medicina
Depois de vários anos e experiência à volta do cultivo de marijuana, Shantibaba dedica-se hoje em dia a trabalhos de investigação e assessoria, principalmente, e desenvolve vários projecto sobre a marijuana medicinal. The Remedy (o remédio) é um dos seus últimos projectos. Consiste em desenvolver uma variedade de marijuana com elevados níveis de CBD que possa ser usada para fins medicinais, sobretudo para doentes de esclerose múltima ou quimioterapia. A CBD Crew é a equipa de peritos e laboratórios que dão força a este projecto para tornar possível o acesso a sementes para pessoas que não têm condições financeiras para os medicamentos.
Mesmo com todas estas actividades ainda encontra tempo para gozar o dia a dia e a natureza juntamente com a sua família. Como continua a trabalhar com cruzamentos de variedades, jã não se foca em conseguir o produto mais potente ou continuar a ganhar prémios. Dedica-se simplesmente às variedades que melhor conhece e que mais gosta pessoalmente.
De resto depois da sua experiência em 98 não voltou a apresentar-se em nenhum concurso já que considera que tal converteu-se numa instância puramente comercial e deixaram de ter a excelência das sementes como objectivo. Diferente seria se nesses concursos se valorizassem as qualidades botâncias das sementes.
Fonte da foto: Web oficial de CBD Crew.